O coordenador Nacional de Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Dr. Francisco Norberto, explica explica da importância sobre o homem entender que deve cuidar da saúde em todos os sentidos, inclusive com a saúde mental.
“Tratamos a prevenção de doenças, mas também damos orientação para que esse homem procure um serviço de saúde para receber cuidados em todos os aspectos. O profissional de saúde pode orientar sobre testes rápidos, como sífilis, hepatite e HIV. Orientações sobre hábitos saudáveis, alimentação e atividades físicas. E que também seja analisado se existe algum sofrimento psíquico, até mesmo pela dependência de alguma substância química, para que seja tratado corretamente”, complementa.
Diagnóstico do Câncer de Próstata
O câncer da próstata pode ser identificado com a combinação de dois exames:
Dosagem de PSA: exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico
Toque retal: como a glândula fica em frente ao reto, o exame permite ao médico palpar a próstata e perceber se há nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos (possível estágio inicial da doença). O toque é feito com o dedo protegido por luva lubrificada. É rápido e indolor, apesar de alguns homens relatarem incômodo e terem enorme resistência em realizar o exame.
Na maioria dos homens, o nível de PSA costuma permanecer abaixo de 4 ng/ml. Alguns pacientes com nível normal de PSA podem ter um tumor maligno, que pode até ser mais agressivo, por isso esse exame, feito de forma isolada, não pode ser a única forma de diagnóstico.
Nenhum dos dois exames têm 100% de precisão. Por isso, podem ser necessários exames complementares.
A biópsia é o único procedimento capaz de confirmar o câncer. A retirada de amostras de tecido da glândula para análise é feita com auxílio da ultrassonografia. Pode haver desconforto e presença de sangue na urina ou no sêmen nos dias seguintes ao procedimento, e há risco de infecção, o que é resolvido com o uso de antibióticos.
Outros exames de imagem também podem ser solicitados, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea (para verificar se os ossos foram atingidos).
Tratamento
Para doença localizada (que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos), cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.
A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.
Fonte: INCA – Instituto Nacional de Câncer